A quarta edição do evento "Doenças mentais: falar para prevenir, conhecer para tratar" teve como foco a relação entre jovens e redes sociais.

"Não se esconda atrás de um emoji": com essa abordagem, mais de duzentas pessoas estiveram no auditório do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) nesta sexta-feira (14/9), em Florianópolis, para o evento de combate e prevenção ao suicídio. A quarta edição do evento "Doenças mentais: falar para prevenir, conhecer para tratar" trouxe três profissionais especialistas no tema para mostrar que é possível identificar fatores de risco e prevenir o suicídio.

Na abertura do evento, a Coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor, Promotora de Justiça Caroline Cabral Zonta, lembrou que o suicídio é a segunda maior causa de morte entre os jovens na atualidade, segundo a OMS. "Precisamos falar sobre frustrações, sobre suicídio. Por isso estamos aqui, desde 2015, com o evento do Setembro Amarelo", disse. Falou, ainda, sobre a presença da tecnologia em todos os lugares e sobre os reflexos disso. "As redes sociais mostram pessoas felizes o tempo todo. Mas são mesmo? Como nós olhamos a quem está em nossa volta? Como observamos nossos filhos? Precisamos visualizar além do que digitamos nas redes", afirmou.

O Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Aurino Alves de Souza, reforçou que o tema do evento está presente na vida de todas as famílias e que é necessário conversar para entender e poder ajudar. "Às vezes pensamos que é só depressão, às vezes achamos que depressão é uma doença simples. É uma doença que precisa ser reconhecida e tratada. Assim, poderemos ajudar pessoas próximas", destacou.

Em seguida, a Presidente da Associação Catarinense de Psiquiatria, Lilian Schwanz Lucas, ressaltou a importância do evento do MPSC, que chega a sua quarta edição. "Nós nos deparamos todos os dias com essa realidade. Isso é cada vez mais frequente entre jovens, pois são mais vulneráveis. Por isso, precisamos conversar sem medo e sem tabus", disse.

Palestras

A psicóloga Renata Neres abordou o tema "Primeira infância: riscos e prevenção". De acordo com a especialista, é na primeira infância que se formam algumas características dos futuros adultos. Por isso, o vínculo afetivo e o diálogo com os pais são fundamentais na construção e na prevenção do sofrimento psíquico.

"Alguns pais se veem impedidos de satisfazer seus filhos sem frustrá-los. Essa superproteção tem consequências sérias, como a não aquisição de recursos emocionais para viver situações reais da vida", explicou. A psicóloga ressaltou que os pais não devem olhar as crianças de forma idealizada. "Devem olhar para os filhos no 'mundo real e entender que eles não precisam ser os melhores em tudo o tempo todo", disse.

A pediatra e psicóloga Catarina Costa Marques deu continuidade à programação com a palestra "Saúde mental na adolescência" . "Todo o trajeto da nossa infância define a adolescência que vamos ter, e a adolescência define a idade adulta", disse. Falou, ainda, sobre a Síndrome da Adolescência Normal, em que se busca a "adolescência ideal". "É natural que o adolescente busque os amigos, mas os pais vão ter sempre o papel de porto seguro. Ele precisa saber que é na família que ele tem esse recurso".

Para encerrar o ciclo, a psiquiatra Sandra Paula Peu da Silva falou sobre como a comunicação pode ajudar na prevenção do suicídio e na busca por apoio especializado. "Estamos em uma crise de comunicação. Crise é aquele momento em que a transformação se faz necessária e não há como não acontecer uma mudança significativa. Essa mudança se fez quando a internet passou a permear a nossa vida", disse a psiquiatra.

A especialista enfatizou, ainda, a importância do tratamento de doenças mentais. "Doença mental é quando nossos funcionamentos mentais passam a não estar mais adequados ao padrão do que nós poderíamos apresentar ou estão fora do pleno potencial. Diagnosticar e tratar a doença mental previne 9 mortes em 10", reforçou. O evento foi encerrado com as perguntas dos participantes.

CONFIRA ALGUMAS FOTOS DO EVENTO

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSCA quarta edição do evento "Doenças mentais: falar para prevenir, conhecer para tratar" teve como foco a relação entre jovens e redes sociais."Não se esconda atrás de um emoji": com essa abordagem, mais de duzentas pessoas estiveram no auditório do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) nesta sexta-feira (14/9), em Florianópolis, para o evento de combate e prevenção ao suicídio. A quarta edição do evento "Doenças mentais: falar para prevenir, conhecer para tratar" trouxe três profissionais especialistas no tema para mostrar que é possível identificar fatores de risco e prevenir o suicídio.

Na abertura do evento, a Coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor, Promotora de Justiça Caroline Cabral Zonta, lembrou que o suicídio é a segunda maior causa de morte entre os jovens na atualidade, segundo a OMS. "Precisamos falar sobre frustrações, sobre suicídio. Por isso estamos aqui, desde 2015, com o evento do Setembro Amarelo", disse. Falou, ainda, sobre a presença da tecnologia em todos os lugares e sobre os reflexos disso. "As redes sociais mostram pessoas felizes o tempo todo. Mas são mesmo? Como nós olhamos a quem está em nossa volta? Como observamos nossos filhos? Precisamos visualizar além do que digitamos nas redes", afirmou.

O Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Aurino Alves de Souza, reforçou que o tema do evento está presente na vida de todas as famílias e que é necessário conversar para entender e poder ajudar. "Às vezes pensamos que é só depressão, às vezes achamos que depressão é uma doença simples. É uma doença que precisa ser reconhecida e tratada. Assim, poderemos ajudar pessoas próximas", destacou.

Em seguida, a Presidente da Associação Catarinense de Psiquiatria, Lilian Schwanz Lucas, ressaltou a importância do evento do MPSC, que chega a sua quarta edição. "Nós nos deparamos todos os dias com essa realidade. Isso é cada vez mais frequente entre jovens, pois são mais vulneráveis. Por isso, precisamos conversar sem medo e sem tabus", disse.

Palestras

A psicóloga Renata Neres abordou o tema "Primeira infância: riscos e prevenção". De acordo com a especialista, é na primeira infância que se formam algumas características dos futuros adultos. Por isso, o vínculo afetivo e o diálogo com os pais são fundamentais na construção e na prevenção do sofrimento psíquico.

"Alguns pais se veem impedidos de satisfazer seus filhos sem frustrá-los. Essa superproteção tem consequências sérias, como a não aquisição de recursos emocionais para viver situações reais da vida", explicou. A psicóloga ressaltou que os pais não devem olhar as crianças de forma idealizada. "Devem olhar para os filhos no 'mundo real e entender que eles não precisam ser os melhores em tudo o tempo todo", disse.

A pediatra e psicóloga Catarina Costa Marques deu continuidade à programação com a palestra "Saúde mental na adolescência" . "Todo o trajeto da nossa infância define a adolescência que vamos ter, e a adolescência define a idade adulta", disse. Falou, ainda, sobre a Síndrome da Adolescência Normal, em que se busca a "adolescência ideal". "É natural que o adolescente busque os amigos, mas os pais vão ter sempre o papel de porto seguro. Ele precisa saber que é na família que ele tem esse recurso".

Para encerrar o ciclo, a psiquiatra Sandra Paula Peu da Silva falou sobre como a comunicação pode ajudar na prevenção do suicídio e na busca por apoio especializado. "Estamos em uma crise de comunicação. Crise é aquele momento em que a transformação se faz necessária e não há como não acontecer uma mudança significativa. Essa mudança se fez quando a internet passou a permear a nossa vida", disse a psiquiatra.

A especialista enfatizou, ainda, a importância do tratamento de doenças mentais. "Doença mental é quando nossos funcionamentos mentais passam a não estar mais adequados ao padrão do que nós poderíamos apresentar ou estão fora do pleno potencial. Diagnosticar e tratar a doença mental previne 9 mortes em 10", reforçou. O evento foi encerrado com as perguntas dos participantes.

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Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC






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