Exposição sobre peças sacras desaparecidas vence Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça

 

A exposição Em busca do patrimônio perdido foi o projeto vencedor do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2016, na categoria Inovação. A premiação ocorreu na sexta-feira, 17 de junho, durante o XII Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação da Justiça (Conbrascom), em Belém-PA.

A mostra, promovida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), apresenta ao público 22 painéis e totens informativos com fotos de bens sacros desviados de suas comunidades que ainda não foram encontrados. As fotografias foram encaminhadas por diversos municípios mineiros para o MPMG.

O Conbrascom e o Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça são promovidos pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ), entidade não governamental, fundada em 1999, que congrega assessores de Comunicação do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensorias, Tribunais de Contas, OABs, entidades representativas da magistratura e instituições afins. Este ano, o tema do congresso foi a Comunicação como instrumento para transformação social.

Em busca do patrimônio perdido
A exposição, idealizada pela Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais e executada com o apoio da Superintendência de Comunicação Integrada, pode ser vista até o final de julho, na Igreja de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto. Anteriormente, ficou em cartaz no Museu Casa dos Contos, na mesma cidade, e no Museu Mineiro, em Belo Horizonte. Já foi visitada por mais de 12 mil pessoas.

A ideia é que a exposição Em busca do patrimônio perdido ainda vá para outras cidades de Minas Gerais. Ao exibir as imagens dos bens subtraídos, a mostra oferece a oportunidade de reconhecimento e identificação das peças e a possibilidade de restituí-las aos seus locais de origem. Ao mesmo tempo, dá-se sequência à campanha educativa, alertando sobre as principais ameaças a que esses bens estão submetidos e apresentando medidas a serem tomadas para prevenção de danos.

Em 2014, a Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais realizou, em Belo Horizonte, a exposição Patrimônio recuperado, que revelou para o público cerca de 150 peças sacras apreendidas pela Polícia Federal ou em operações do MPMG realizadas nos últimos dez anos. As peças estão sob a tutela do Museu Mineiro e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG).

Patrimônio mineiro
Minas Gerais tem o maior número de bens culturais protegidos. De seus sítios históricos, três são declarados pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade: o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, a cidade de Ouro Preto e o centro histórico de Diamantina. Mas grande parte dessa riqueza está desaparecida.

A Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais estima que o estado já tenha perdido 60% dos seus bens sacros em razão de furtos, roubos e apropriações indevidas. “É preciso que o cidadão desperte sua atenção para o tema, pois esse patrimônio integra uma parcela importante da herança cultural dos mineiros e deve ser protegido e fruído por todos”, afirma o coordenador da Promotoria, Marcos Paulo de Souza Miranda.

Segundo o promotor de Justiça, a subtração de peças sacras movimenta um comércio ilegal altamente rentável e o prejuízo para o patrimônio cultural é incalculável. “O comércio clandestino de bens culturais só está atrás, em volume de dinheiro movimentado, do tráfico de drogas e de armas. As peças desaparecidas podem estar em qualquer lugar: antiquários, residências particulares, à venda em leilões e até mesmo pela internet”, destaca.

 

 

 

Conheça o projeto.

 

 

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20/06/16






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