O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) requisitou ao Comando da Polícia Militar de Lages a instauração de inquérito policial militar para apuração do suposto envolvimento de um oficial catarinense em cenas machistas, racistas e de assédio a uma jovem estrangeira durante a Copa do Mundo na Rússia. O Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto, titular da 5ª Promotoria de Justiça da Capital, com atuação na área criminal militar, também requisitou a instauração de procedimento para a Corregedoria-Geral da Polícia Militar.

Um vídeo que começou a circular nas redes sociais no final de semana mostra um grupo de brasileiros gritando frases machistas a uma mulher. Para o Promotor de Justiça, o vídeo demonstra supostamente cenas de racismo, crime previsto na Lei n. 7.716/89, uma vez que, ao glorificar a cor da moça (branca), implica-se que outros tons de pele são inferiores.

"Os fatos noticiados indicam que há indícios de cometimento, em tese, de crime militar, ainda que perpetrado no estrangeiro, notadamente porque num dos vídeos o cidadão se identifica como primeiro-tenente", explica o Promotor de Justiça no despacho encaminhado ao Comando da Polícia Militar e à Corregedoria-Geral da PM nesta terça-feira (19/6).






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